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  • Por que Basaglia, por que agora? - Le Monde Diplomatique
    https://diplomatique.org.br/por-que-basaglia-por-que-agora

    19.8.2024 Maira Oliveira - Em 2024, comemoramos o centenário de Franco Basaglia. Sua presença no Brasil deixou ecos permanentes, auxiliando nas denúncias de violações de direitos humanos e no surgimento do Movimento da Luta Antimanicomial

    A pergunta que nos direciona aqui no presente texto é inspirada na tese de doutorado “Por que Fanon, por que agora?” do professor Dr. Deivison Faustino, que discute os diferentes caminhos, usos e apropriações do pensamento de Frantz Fanon no Brasil. O pesquisador argumenta que o legado do autor está sendo reivindicado de maneira diversa por vertentes teóricas distintas e, por vezes, conflitantes.

    Posso dizer que a tese de Faustino é leitura obrigatória para os estudiosos, críticos e intelectuais do campo da saúde coletiva e da saúde mental. No meu caso, ela conduz para a encruzilhada, provocando inquietações e provocações que são atualizadas a cada encontro. Fanon, um psiquiatra revolucionário inquieto, rompeu com a institucionalidade manicomial e localizou a psiquiatria como um dos saberes, poderes e práticas de perpetuação do colonialismo. Apesar do seu precioso legado, Fanon nos deixou aos 36 anos, em 1961.

    Mas, qual a relação de Frantz Fanon com Franco Basaglia? É nessa encruzilhada que vou seguir a direção do nosso diálogo. Tarefa nada simples para quem precisa partir de rastros e “restos” escondidos nos escombros coloniais para desvelar um encontro entre dois psiquiatras revolucionários e que possuem um lugar importante para a Reforma Psiquiátrica e a Luta Antimanicomial brasileira.

    No dia 16 de agosto de 2024, tive a oportunidade de participar da banca de defesa de doutorado de Priscilla Santos de Souza, que apresentou o seguinte trabalho: “Traços, restos e laços de Frantz Fanon: contribuições clínicas emancipatórias e anticolonialistas à psicanálise”. Em sua pesquisa, é possível notar o seu brilhantismo e o ineditismo que se exige de uma tese de doutoramento. A pesquisadora, impulsionada por um rigor teórico-metodológico, inspirada nas experiências de mulheres negras e tecida na delicadeza ancestral, retira dos escombros coloniais argelinos os “restos” de casos clínicos atendidos por Frantz Fanon.

    Priscilla de Souza convoca para a gira literária a pensadora Lélia Gonzalez, nos fazendo rememorar o lugar que foi destinado aos negros: o lixo! E, “o lixo vai falar, e numa boa!” (Gonzalez, 1983). Os “restos” – que pouco ou nada importam – podem revelar memórias, afetos, afetações, disputas, teorias e inúmeras questões que os detentores das narrativas universalizantes desejam que fiquem esquecidos e não lembrados. Afinal, a quem interessa os “restos”, não é?! Posso dizer, que assim como a brilhante e mais recente doutora, persigo os “restos” fanonianos e os utilizo para apontar sobre a urgência de pensarmos uma saúde mental antirracista.

    https://diplomatique.org.br/wp-content/uploads/2024/08/02_Frantz-Fanon-lors-dune-conference-de-presse-du-Congres-des-ecriv
    Frantz Fanon, é leitura obrigatória hoje para aqueles que desejam conhecer o debate da saúde mental em uma perspectiva antirracista, anticolonial e antimanicomial. Entretanto, não é possível trazê-lo desacompanhado do italiano Franco Basaglia, principalmente para dialogarmos com o campo da saúde coletiva, da saúde mental e da Reforma Psiquiátrica brasileira, devido a sua forte influência como inspiração e referência. Esse encontro entre dois baluartes de um outro fazer e pensar na/para saúde mental segue sendo retirado dos escombros coloniais. Por aqui, estamos persistindo nos lastros e “restos” para viabilizar uma aproximação entre suas experiências.
    Frantz Fanon foi um psiquiatra que trouxe para debate a saúde mental em uma perspectiva antirracista, anticolonial e antimanicomial
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    Foto: Domínio Público

    Apesar de Basaglia ser bastante conhecido em terras pindorâmicas pela sua importância na construção da Reforma Psiquiátrica Italiana, por suas visitas ao Brasil e pela crítica ao comparar o Hospital Colônia de Barbacena ao Holocausto Nazista, é necessário retomarmos sua práxis e legado intelectual e político. Temos importantes intérpretes que assumiram a tarefa de tradução, sistematização e análise das experiências protagonizadas por Basaglia, assim como permanecem como memórias vivas desse legado e, aqui, podemos destacar: Fernanda Nicácio, Paulo Amarante, Ernesto Venturini, Maria Stella Brandão Goulart, Diva Moreira, Sônia Barros e Denise Dias Barros.

    Em 2024, comemoramos o centenário de Franco Basaglia, momento pertinente para ressaltar a importância da sua trajetória, da necessidade de retomar seus escritos e inspirar-nos em sua práxis. Primeiramente destacamos sobre a importância de Basaglia, não somente enquanto pessoa, mas como representação de um coletivo – diverso e plural – que era o Movimento Democrático Italiano. Apesar da sua liderança e destaque na cena política, ele não caminhava sozinho. Inclusive, vale dizer que Franca Ongaro Basaglia, sua companheira de vida e militância, escreveu e compartilhou muitos dos seus escritos e precisa ser mais bem conhecida e aqui destacamos os apontamentos já em desenvolvimento pela professora Melissa de Oliveira (Pereira, 2024).

    Em segundo, retomar o pensamento de Basaglia e seu legado intelectual é primordial para identificarmos as influências filosóficas, clínicas e políticas que atravessaram seu percurso e seguem fazendo eco no território brasileiro. A tese de Daniela Albrecht, “Movimentos contra os manicômios e lutas de classes no Brasil e na Itália: um estudo sobre consciência e estratégia”, apresenta a influência marxista e a trajetória de Basaglia no Partido Comunista Italiano. Além disso, não podemos deixar de destacar a importância de Sartre, Merleau-Ponty, Goffman, Foucault, Fanon e outros pensadores para Franco Basaglia.

    Um terceiro ponto, é ressaltar o legado de uma prática que não só transformou a legislação e colocou fim aos manicômios na Itália, mas que modificou vidas e comunidades. Não foi apenas encerrar uma instituição e, sim, realizar mudanças significativas nas formas de lidar com as diferenças e possibilitar novas maneiras de manter-se em relação. Basaglia entendia a dialética entre a micropolítica e a macropolítica. A crítica ao manicômio não se limitava a essa instituição, mas as diversas formas de controle, subjugação e violência que são fundamentais para a reprodução da sociedade capitalista.

    E, por fim, é necessário rememorar a importância das vindas de Franco Basaglia ao Brasil. Sua presença deixou ecos permanentes, auxiliando nas denúncias de violações de direitos humanos e no surgimento, posterior, do Movimento da Luta Antimanicomial. Entretanto, é preciso retomar um aprendizado importante deixado pelo psiquiatra revolucionário: “não sei qual é a técnica que servirá para a destruição dos manicômios brasileiros. Não será inglesa, francesa, italiana, muito menos americana. Será uma técnica brasileira. É disto que o Brasil precisa” (Basaglia, 1979, p. 48). Portanto, seguindo os apontamentos do próprio Basaglia, é preciso trazer a memória aquilo que sabemos produzir na Améfrica Ladina, ou seja, a pedagogia da loucura (Correia, 2019), a aquilombação (David, 2024), dentre outras inúmeras práticas e experiências que demonstram nossa rebeldia.

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    Em 2024 é comemorado o centenário de Franco Basagliam .
    Créditos: Harald Bischoff

    É tempo de reencantamento da Reforma Psiquiátrica e da Luta Antimanicomial brasileira e, para isso, é necessário rememorar a rebeldia incansável, as primorosas invenções e as diversas conexões de Franco Basaglia. Longe de idealizações e armadilhas da desumanização que podem nos ocorrer, torna-se necessário afirmar a sua humanidade e princípio basilar: a defesa da vida. Assim como Basaglia, seguimos insistindo na luta por uma sociedade sem manicômios, já que “a liberdade é uma luta constante” (Davis, 2018).

    Rachel Gouveia Passos é Pós-Doutora em Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora e organizadora de algumas obras sobre saúde mental e as relações de gênero, raça e classe.

    #auf_deutsch

    Warum Basaglia, warum jetzt?

    19.8.2024 Maira Oliveira - Im Jahr 2024 begehen wir den hundertsten Geburtstag von Franco Basaglia. Seine Anwesenheit in Brasilien hinterließ einen bleibenden Nachhall und trug dazu bei, Menschenrechtsverletzungen und die Entstehung der Bewegung gegen die Psychiatriekliniken anzuprangern.

    Die Frage, die uns hier in diesem Text leitet, ist inspiriert von der Doktorarbeit „Warum Fanon, warum jetzt?“ von Professor Dr. Deivison Faustino, die die verschiedenen Wege, Verwendungen und Aneignungen des Denkens von Frantz Fanon in Brasilien diskutiert.
    https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/7123
    Der Forscher argumentiert, dass das Erbe des Autors auf unterschiedliche Weise von verschiedenen und manchmal widersprüchlichen theoretischen Strömungen beansprucht wird.

    Ich kann sagen, dass Faustinos These eine Pflichtlektüre für Wissenschaftler, Kritiker und Intellektuelle im Bereich der kollektiven Gesundheit und der psychischen Gesundheit ist. In meinem Fall führt sie mich an den Scheideweg und wirft Fragen und Provokationen auf, die bei jeder Begegnung aktualisiert werden. Fanon, ein rastloser revolutionärer Psychiater, brach mit dem Institutionalismus der Psychiatrieklinik und identifizierte die Psychiatrie als eine der Wissenschaften, Mächte und Praktiken, die den Kolonialismus aufrechterhalten. Trotz seines wertvollen Vermächtnisses hat uns Fanon 1961 im Alter von 36 Jahren verlassen.

    Doch in welcher Beziehung stehen Frantz Fanon und Franco Basaglia zueinander? An diesem Scheideweg werde ich die Richtung unseres Dialogs festlegen. Keine einfache Aufgabe für jemanden, der von den Spuren und „Überresten“ ausgehen muss, die in den kolonialen Trümmern verborgen sind, um eine Begegnung zwischen zwei revolutionären Psychiatern zu enthüllen, die einen wichtigen Platz in der brasilianischen Psychiatriereform und im Kampf gegen die Psychiatriekliniken einnehmen.

    Am 16. August 2024 hatte ich die Gelegenheit, an der Doktorandenverteidigung von Priscilla Santos de Souza teilzunehmen, bei der sie das folgende Werk vorstellte: „Spuren, Überreste und Verbindungen von Frantz Fanon: emanzipatorische und antikolonialistische klinische Beiträge zur Psychoanalyse“. In ihrer Forschung kann man ihre Brillanz und die für eine Doktorarbeit erforderliche Neuartigkeit feststellen. Angetrieben von einer theoretisch-methodischen Strenge, inspiriert von den Erfahrungen schwarzer Frauen und verwoben mit dem Feingefühl der Vorfahren, holt die Forscherin die „Überreste“ der von Frantz Fanon behandelten klinischen Fälle aus dem algerischen Kolonialschutt hervor.

    Priscilla de Souza lädt die Denkerin Lélia Gonzalez zu ihrer literarischen Reise ein und erinnert uns an den Ort, der für die Schwarzen bestimmt war: die Müllhalde! Und: „Der Müll wird sprechen, und zwar auf eine gute Art“ (Gonzalez, 1983). Die „Überreste“ - die wenig oder gar nicht von Bedeutung sind - können Erinnerungen, Zuneigungen, Streitigkeiten, Theorien und zahllose Themen offenbaren, von denen die Inhaber der universalisierenden Narrative wollen, dass sie vergessen und nicht erinnert werden. Wen interessieren schon die „Reste“, nicht wahr? Ich kann sagen, dass ich, wie der brillante und jüngste Arzt, den Fanonschen „Resten“ nachgehe und sie nutze, um auf die Dringlichkeit hinzuweisen, über antirassistische psychische Gesundheit nachzudenken.

    Frantz Fanon ist heute Pflichtlektüre für alle, die die Debatte über psychische Gesundheit aus einer antirassistischen, antikolonialen und Antiklinischen Perspektive verstehen wollen. Es ist jedoch nicht möglich, ihn mit dem Italiener Franco Basaglia zusammenzubringen, vor allem nicht für den Dialog mit dem Bereich der kollektiven Gesundheit, der psychischen Gesundheit und der brasilianischen Psychiatriereform, da sein starker Einfluss als Inspiration und Referenz dient. Diese Begegnung zwischen zwei Bastionen eines anderen Denkens und Handelns im Bereich der psychischen Gesundheit wird immer noch aus den Trümmern der Kolonialzeit herausgeholt. Hier verharren wir auf dem Ballast und den „Resten“, um eine Annäherung zwischen ihren Erfahrungen zu ermöglichen.

    Frantz Fanon war ein Psychiater, der die psychische Gesundheit aus einer antirassistischen, antikolonialen und klinikfeindlichen Perspektive in die Debatte einbrachte.
    Foto: Public Domain

    Obwohl Basaglia in Indien aufgrund seiner Bedeutung für den Aufbau der italienischen Psychiatriereform, seiner Besuche in Brasilien und seiner Kritik, als er das Koloniekrankenhaus Barbacena mit dem Holocaust der Nazis verglich, gut bekannt ist, ist es notwendig, seine Praxis und sein intellektuelles und politisches Erbe neu zu betrachten. Es gibt wichtige Interpreten, die es sich zur Aufgabe gemacht haben, Basaglias Erfahrungen zu übersetzen, zu systematisieren und zu analysieren, und die lebendige Erinnerungen an dieses Erbe bewahren: Fernanda Nicácio, Paulo Amarante, Ernesto Venturini, Maria Stella Brandão Goulart, Diva Moreira, Sônia Barros und Denise Dias Barros.

    Im Jahr 2024 werden wir den hundertsten Geburtstag von Franco Basaglia feiern. Dies ist ein geeigneter Zeitpunkt, um die Bedeutung seines Werdegangs und die Notwendigkeit zu betonen, seine Schriften wieder aufzugreifen und sich von seiner Praxis inspirieren zu lassen. Zunächst möchten wir die Bedeutung von Basaglia hervorheben, nicht nur als Person, sondern auch als Repräsentant eines vielfältigen und pluralistischen Kollektivs, das die italienische demokratische Bewegung war. Trotz seiner Führungsrolle und seiner herausragenden Stellung auf der politischen Bühne war er nicht allein. Es ist in der Tat erwähnenswert, dass Franca Ongaro Basaglia, seine Lebensgefährtin und militante Mitstreiterin, viele seiner Schriften verfasst und geteilt hat, die besser bekannt gemacht werden müssen, und hier heben wir die Anmerkungen hervor, die bereits von Professor Melissa de Oliveira entwickelt wurden (Pereira, 2024).
    https://madinportugal.org/franca-basaglia-feminismo-e-medicalizacao

    Zweitens ist es unerlässlich, Basaglias Denken und sein intellektuelles Vermächtnis wieder aufzugreifen, um die philosophischen, klinischen und politischen Einflüsse zu erkennen, die seinen Weg kreuzten und in Brasilien weiterhin nachwirken. Daniela Albrechts Dissertation „Bewegungen gegen psychiatrische Einrichtungen und Klassenkämpfe in Brasilien und Italien: eine Studie über Bewusstsein und Strategie“ stellt den marxistischen Einfluss und Basaglias Karriere in der Kommunistischen Partei Italiens dar.
    https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=8196378
    Außerdem muss die Bedeutung von Sartre, Merleau-Ponty, Goffman, Foucault, Fanon und anderen Denkern für Franco Basaglia hervorgehoben werden.

    Ein dritter Punkt ist die Hervorhebung des Vermächtnisses einer Praxis, die nicht nur die Gesetzgebung veränderte und den psychiatrischen Anstalten in Italien ein Ende bereitete, sondern auch Leben und Gemeinschaften veränderte. Es ging nicht nur darum, eine Einrichtung zu schließen, sondern auch darum, die Art und Weise, wie mit Unterschieden umgegangen wird, grundlegend zu verändern und neue Wege des Zusammenlebens zu ermöglichen. Basaglia verstand die Dialektik zwischen Mikropolitik und Makropolitik. Seine Kritik an der psychiatrischen Anstalt beschränkte sich nicht auf diese Institution, sondern auf die verschiedenen Formen von Kontrolle, Unterwerfung und Gewalt, die für die Reproduktion der kapitalistischen Gesellschaft grundlegend sind.

    Und schließlich müssen wir uns an die Bedeutung der Besuche von Franco Basaglia in Brasilien erinnern. Seine Anwesenheit hinterließ einen bleibenden Nachhall und trug dazu bei, Menschenrechtsverletzungen anzuprangern und die Anti-Klinik-Bewegung ins Leben zu rufen. Es ist jedoch notwendig, eine wichtige Lektion des revolutionären Psychiaters aufzugreifen: „Ich weiß nicht, mit welcher Technik die brasilianischen Psychiatriekliniken zerstört werden sollen. Es wird keine englische, französische, italienische oder gar amerikanische sein. Es wird eine brasilianische Technik sein. Das ist es, was Brasilien braucht“ (Basaglia, 1979, S. 48) https://buscaintegrada.ufrj.br/Record/aleph-UFR01-000052816 . In Anlehnung an Basaglias eigene Aufzeichnungen müssen wir uns also auf das besinnen, was wir im ladinischen Afrika zu produzieren wissen, mit anderen Worten, die Pädagogik des Wahnsinns (Correia, 2019) http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/32533 , die aquilombação (David, 2024) https://www.livrariadavila.com.br/895292-saude-mental-e-relacoes-raciais-desnor/p , neben unzähligen anderen Praktiken und Erfahrungen, die unsere Rebellion demonstrieren.

    Der hundertste Geburtstag von Franco Basagliam wird im Jahr 2024 gefeiert.
    Foto: Harald Bischoff

    Es ist an der Zeit, die brasilianische Psychiatriereform und den Anti-Klinik-Kampf neu zu beleben, und dazu müssen wir uns an Franco Basaglias unermüdliche Rebellion, seine exquisiten Erfindungen und vielfältigen Verbindungen erinnern. Weit entfernt von den Idealisierungen und den Fallen der Entmenschlichung, die uns überfallen können, ist es notwendig, seine Menschlichkeit und sein Grundprinzip zu bekräftigen: die Verteidigung des Lebens. Wie Basaglia beharren wir weiterhin auf dem Kampf für eine Gesellschaft ohne psychiatrische Anstalten, denn „Freiheit ist ein ständiger Kampf“ (Davis, 2018) https://www.boitempoeditorial.com.br/produto/a-liberdade-e-uma-luta-constante-152410?srsltid=AfmBOoovkpTMzg .

    Rachel Gouveia Passos hat an der Päpstlichen Katholischen Universität von Rio de Janeiro in Rechtswissenschaften promoviert, ist Professorin an der Bundesuniversität von Rio de Janeiro und Autorin und Organisatorin mehrerer Werke über psychische Gesundheit und Beziehungen zwischen Geschlecht, Ethnie und Klasse.

    #Brésil #anti-psychiatrie #iatrocratie