• Covid-19 : au Brésil, la majorité des patients en réanimation ont moins de 40 ans, selon une étude
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    Des patients affectés par le coronavirus dans un hôpital de campagne installé dans un gymnase, à Santo Andre, dans l’état de Sao Paulo, au Brésil, le 26 mars 2021.
    MIGUEL SCHINCARIOL / AFP

    Les personnes âgées entre 30 et 40 ans contractent le plus de formes graves du Covid-19 et non plus les personnes âgées, selon une étude. En cause : le variant brésilien.

    Au Brésil, plus de 4 000 personnes décèdent du Covid-19 chaque jour dans le pays. La pandémie a fait plus de 353 000 morts en un an, le pire bilan au monde après les États-Unis. Et les mauvaises nouvelles ne cessent de s’accumuler : la majorité des Brésiliens souffrant du coronavirus en soins intensifs ont désormais moins de 40 ans, a révélé dimanche 11 avril le coordinateur d’une étude de l’Association brésilienne des soins intensifs (AMIB).

    Près de 11 000 patients hospitalisés en soins intensifs sont âgés de moins de 40 ans. Ils sont devenus majoritaires (52,2%) au mois de mars, alors qu’ils n’étaient que 14,6% au début de la pandémie il y a un an.

    "Cela pourrait être dû au nouveau variant local"
    Pour le docteur Ederlon Rezende, l’un des auteurs de cette étude, le variant brésilien serait responsable de ces changements. « On peut dire que le profil des patients en thérapie intensive est très différent actuellement de ce qu’on a connu au début de la pandémie dans notre pays, explique-t-il. Ce sont des patients plus jeunes qui arrivent dans un état plus grave en thérapie intensive, et cela pourrait être dû au nouveau variant local puisqu’il a été prouvé qu’il était plus contagieux mais aussi plus virulent et provoque une maladie plus grave. »

    Les plus jeunes s’exposent davantage aux risques que leurs aînés, soit parce qu’ils doivent travailler, soit parce qu’ils se croient moins vulnérables. Les personnes de plus de 80 ans ne représentent plus que 7,8% des malades en soins intensifs grâce à un confinement plus strict et surtout après la vaccination.

    • il ne s’agit pas à proprement parler d’une étude – le mot n’est pas employé dans les articles brésiliens – mais de statistiques issues de l’association des urgentistes brésiliens, commentées par le « coordinateur des plateformes de soins intensifs brésiliennes » et ancien président de l’association (AMIB), Ederlon Rezonde.

      Jovens na UTI já são maioria e necessidade de ventilação mecânica bate recorde - cotidiano - ACidade ON
      https://www.acidadeon.com/cotidiano/brasil-e-mundo/NOT,0,0,1602057,Jovens-na-UTI-ja-sao-maioria-e-necessidade-de-ventilacao-

      Pela primeira vez desde o início da pandemia da Covid-19, as internações em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) de pessoas com menos de 40 anos são maioria absoluta.Houve ainda um salto expressivo no número de pacientes graves com necessidade de ventilação mecânica e que não apresentam nenhuma comorbidade (como obesidade ou diabetes).Os dados sugerem não apenas uma mudança do perfil dos doentes que necessitam de UTI, mas um agravamento do quadro geral dos pacientes em relação aos meses anteriores.Em março, 52,2% das internações nas UTIs do Brasil se deram para pessoas até 40 anos; e o total de pacientes que necessitaram de ventilação mecânica atingiu 58,1%.Ambas as taxas são recordes, segundo dados da plataforma UTIs Brasileiras, da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira).No caso da necessidade de aparelhos de ventilação, houve salto de quase 40% em relação ao patamar do final do ano passado.Entre setembro de 2020 e fevereiro deste ano, o total de internados em UTIs que necessitavam desse tipo de equipamento variou entre 42% e 48%.Já os pacientes graves sem comorbidades que agora acabam na UTI são praticamente 1/3 do total —até fevereiro os doentes graves sem condições adversas prévias eram 1/4 dos casos.O novo marco da epidemia no Brasil sugere pelo menos três conclusões, segundo Ederlon Rezende, coordenador da plataforma UTIs Brasileiras e ex-presidente da Amib:1) as novas variantes do vírus devem ser mais agressivas; 2) a falta de cuidado de parcelas da população pode estar afetando sobretudo os mais jovens; e 3) a imunização dos mais velhos tem ajudado a conter os casos graves entre os idosos.Segundo a pesquisa, antes de os jovens serem a maioria dos internados nas UTIs em março, entre dezembro de 2020 e fevereiro último os até 40 anos representavam 44,5% do total -percentual quase idêntico ao de setembro a novembro.De lá para cá, o aumento das internações nessa faixa mais jovem foi de 16,5%.Como a imensa maioria dos brasileiros tem menos de 40 anos, o incremento, embora possa parecer modesto, engloba milhões de pessoas. A tendência sugere ainda que há espaço para um agravamento da situação.No mesmo período de comparação (e na contramão), as internações de pessoas acima de 80 anos despencaram 42%. Elas representam agora apenas 7,8% do total, pouco mais da metade do que vinha sendo registrado anteriormente.Na faixa de idades intermediárias, as internações em UTI permaneceram mais ou menos no mesmo patamar, somando cerca de 40% do total.O levantamento da Amib é feito a partir de uma amostra expressiva, englobando 20.865 leitos de UTI no país, o que representa cerca de 25% de todas as unidades, sendo 2/3 privadas e 1/3 públicas."Embora os dados mostrem que a vacina pode estar tendo o efeito esperado entre os mais velhos já imunizados, eles também revelam que, ao se acharem imbatíveis, os jovens, muitos sem qualquer comorbidade, são agora as maiores vítimas da epidemia", afirma Rezende.Além de estarem se expondo mais em baladas e reuniões, há levantamentos e relatos de médicos na linha de frente dando conta de que os mais jovens, quando na UTI, ocupam por mais tempo os leitos -diminuindo o giro de vagas e contribuindo para saturar o sistema, como tem-se visto.Com as novas variantes do vírus (como a P1), no entanto, não só as festas, frequentemente apontadas como as principais vilãs, podem estar por trás do aumento da infecção entre os mais jovens.Com o fim do auxílio emergencial pago em 2020 (e que voltou só em abril e em proporção muito menor), muitas pessoas foram obrigadas a circular novamente atrás de alguma renda, sobretudo os informais -cerca de 34 milhões de pessoas, ou quase 40% da força de trabalho.Em 2020, o auxílio emergencial foi pago entre abril e dezembro (R$ 600 ao mês a 66 milhões de pessoas) e foram empregados R$ 293 bilhões. A nova rodada (R$ 250 a 45,6 milhões) está prevista para durar apenas quatro meses e somar R$ 44 bilhões -15% do valor do ano passado.No final de 2020, o contingente de informais na economia ainda era de 4,7 milhões de pessoas a menos do que um ano antes. Isso pode ser explicado porque, em função do auxílio emergencial robusto, muitos não estavam precisando sair de casa atrás de alguma renda.Neste começo de 2021, isso mudou dramaticamente, levando milhares de informais a circularem novamente no pior momento da epidemia no Brasil.

      PS : mais je ne trouve pas, non plus, une publication officielle ou les chiffres de l’AMIB sur le sujet.

    • l’article du 10/04 vers lequel pointe le site de l’AMIB
      https://www.amib.org.br (en bas à droite, l’AMIB dans les médias) publie ce graphique

      https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2021/04/jovens-na-uti-ja-sao-maioria-e-necessidade-de-ventilacao-mecanica

      (le journal protège son contenu des copier/coller et limite très fortement le nombre d’accès -> un peu compliqué de récupérer le texte… mais c’est foncièrement le même que celui qui est recopié dans les autres journaux brésiliens)